Ao longo dos anos a palavra 'jarra' foi associada aos castigos aplicados pelo Conselho de Arbitragem quando eram cometidos erros graves e que não tiveram a melhor decisão das equipas de arbitragem, mas não só. A opção de retirar das nomeações os árbitros que cometeram erros com influência no resultado era vista como castigo, mas, muitas vezes, essa opção era utilizada para proteger o próprio árbitro quando existia muita contestação de algumas equipas, principalmente as que têm mais influência na opinião pública. A jarra não implica que o erro contestado pelas equipas, principalmente quando não ganham, sejam reconhecidos pela estrutura de arbitragem. Ou seja, nem sempre quando um árbitro é afastado das nomeações significa que o CA reconheça que existiu um erro. O ambiente tóxico que é criado em torno do nome de um árbitro após um jogo em que existiu muita contestação era uma forma de condicionar o próprio em futuras arbitragens. A jarra nunca foi bem vista pelos árbitros, não que fosse negativo quando era uma forma de protegê-los, mas pela suposta mensagem que era passada para a opinião pública de que o árbitro estava a ser penalizado. Nada mais errado! Muitas vezes um árbitro comete erros graves e é nomeado logo na jornada seguinte, outras vezes não existe erro e ele fica fora das nomeações. Não é lógico considerar castigo não ser nomeado no campeonato, para depois ir ganhar o dobro num qualquer campeonato estrangeiro.