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15 dezembro

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Vítor Pereira e o golo de Kelvin aos 90'+2: «Ninguém teria feito aquelas substituições. Foi feeling, espécie de ligação a Deus»

Técnico partilhou um testemunho no portal 'Coaches Voice'

Há episódios tão marcantes no futebol que se eternizam legitimamente. Passem os anos que passarem, é difícil momentos como o golo de Kelvin ao Benfica caírem no esquecimento, dada a carga emotiva que carregam. Depois de saltar do banco na reta final desse jogo, referente à época 2012/13, o extremo brasileiro marcou aos 90’+2 e garantiu um triunfo precioso (2-1) para o FC Porto, que assim ultrapassou o rival e chegou ao topo do campeonato, onde se manteve até ao fim. Quem decidiu recordar este momento foi Vítor Pereira, treinador que conduziu os dragões ao título nessa época.

"Foi para viver experiências como essa que me tornei treinador de futebol. É impossível descrever a emoção que invadiu o meu corpo com o golo de Kelvin. É um sentimento que levarei sempre comigo, na minha memória. Tenho a impressão que ninguém no estádio teria feito as mudanças que fiz no segundo tempo. Mas foi o meu sentimento. Uma espécie de conexão com Deus. Eu não esperava nenhuma contribuição tática do Kelvin. Ou seja, só pedi para ele fazer o que mais gostava: pegar na bola e atacar o adversário. ‘Diverte-te, joga com confiança, joga como gostas’", disse o técnico de 55 anos, que partilhou um testemunho no portal 'Coaches Voice', complementando com uma revelação curiosa.

"A ideia era tentar provocar um penálti, uma falta perigosa, algo assim. Eu senti que o Kelvin poderia tirar algo da cartola numa situação em que precisávamos marcar sim ou sim."

Recorde-se que os encarnados chegaram ao clássico do Dragão com mais dois pontos do que os azuis e brancos, que naturalmente precisavam de vencer para ascenderem ao primeiro lugar. "Nessa altura, o Benfica tinha o melhor plantel do futebol português e era treinado por Jorge Jesus. Escusado será dizer que ele é um grande treinador. É muito difícil jogar contra as equipas dele. O Benfica de Jorge Jesus tinha muitas soluções. Se o Benfica tinha algum ponto fraco, era nos momentos em que tentava defender a vantagem. Ou seja, quando o Benfica estava a vencer o jogo e adotava uma abordagem mais defensiva, tinha algumas vulnerabilidades. E foi isso que aconteceu naquele dia. Ao fazer substituições mais defensivas, Jorge Jesus enviou uma mensagem aos seus jogadores. 'É hora de controlar o jogo, de deixar a equipa mais compacta'", explicou Vítor Pereira, acrescentando.

"Enquanto eles olhavam para o relógio e esperavam pelo final do jogo, nós continuamos a jogar. Às vezes ouço pessoas dizerem que tivemos sorte. Sorte? Costumo responder que é preciso muita sorte para perder um único jogo em duas temporadas. Até esse jogo frente ao Benfica, tínhamos apenas uma derrota em 60 jogos no campeonato."

Por Record
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