Martelinho: "Soube sempre que ia dar muito que falar e que um dia ia contar esta história a alguém"...
Martelinho até tinha razões para querer esquecer o miúdo que, ao serviço do FC Porto, tinha marcado dois golos ao Feirense, mas foi impossível. Quando o jogo terminou, o treinador da equipa de Santa Maria da Feira ficou com a certeza que Diogo Rocha (Rochinha, como é conhecido) era fora do comum, como se viu quinta-feira no jogo do Benfica Sub-19 com o Anderlecht Sub-19. O que não sabia é que a vida lhe daria um grande surpresa pouco tempo depois.
"Passadas três semanas perguntaram-me se queria o Rochinha. Até achei que era uma piada. Estavam a oferecer-me o camisola 10, o capitão do FC Porto, que me tinha marcado dois golos. Pensei, é brincadeira. Quero ver para querer. O que sei é que estávamos em quinto e acabámos em segundo. No ano seguinte, utilizei-o nos juvenis de 2.º ano. Marcou 17 golos, passámos para a 2.ª fase e só não fomos à 3.ª por um ponto, o que teria sido histórico para o clube. Soube sempre que ia dar muito que falar e que um dia ia contar esta história a alguém", disse o agora treinador do Lourosa a Record.
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Não foi só no Feirense que Rochinha causou supresa a muitos. Quando Martelinho rumou ao Boavista para orientar os juniores, tinha a certeza que mesmo sendo juvenil ia marcar a diferença. Houve quem desconfiasse e quase fizesse uma aposta.
"Quando disse que ia utilizar o Rochinha nos juniores, o cooordenador do Boavista pediu-me para pensar bem e alertou-me para o risco. Acordámos fazer um balanço três semanas depois e aí veio dizer-me: 'É craque'. No Bessa estivemos juntos 13/14 jornadas e ele foi o melhor marcador da equipa. Depois surgiu o Benfica", conta.
Longe da vista mas não do coração. A mudança para Lisboa não fragilizou a amizade com Rochinha, que acompanha até hoje, e com a sua família.
"É o melhor jogador que treinei, um grande talento. Um 10 puro, à moda antiga. Tive oportunidade de o apanhar em momentos importantes da sua vida e vou muitas vezes a Lisboa vê-lo jogar", frisa, felicíssimo por o talento de miúdo "sossegado" e "com grande vontade de aprender" estar a ser reconhecido.
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